Cabo de Santo Agostinho conta com maior rede de proteção à mulher de Pernambuco

Em 2020, município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), apresentava um dos menores índices de mulheres assistidas pela Secretaria da Mulher. Na época, apenas 504 mulheres eram atendidas pelo órgão. A partir de 2021, com a mudança do discurso, a segurança da mulher se tornou prioridade à Gestão Municipal. Os investimentos realizados e a triplicação do quadro funcional fizeram com que o Cabo se tornasse referência no combate à violência doméstica e familiar.

Hoje, o Cabo possui uma das maiores redes de proteção à mulher de Pernambuco, preparada para atender às demandas da população, com espaços dedicados ao acolhimento das cabenses e profissionais capacitadas a fim de auxiliar no processo de ruptura do ciclo da violência. O município conta com dois Centros Especializados de Atendimento à Mulher, o Eudina Sobral, em Ponte dos Carvalhos, e o Maria Purcina, no centro do Cabo, além da Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; a rede também possui a Delegacia da Mulher e a sede da Patrulha Maria da Penha, ambas em Pontezinha.

O fruto desse novo posicionamento vem sido acolhido, posto que entre 2021 e 2022, aproximadamente 9.251 mulheres foram atendidas na Secretaria da Mulher e passaram pelos serviços que compõem a rede de proteção à cidadã vítima de violência. Contudo, a Gestão Municipal e a Secretaria em questão vêm buscando dar mais dignidade, autonomia e tirar a vítima do contexto de submissão. Nesse contexto, a criação de políticas públicas e meios de garantir que se tenha um recorte de gênero nos diversos espaços sociais, como educação, mercado de trabalho e saúde, possui o intuito de promover ao público feminino condições de cidadania e equidade.

A Prefeitura do Cabo, por meio da Secretaria da Mulher, realiza periodicamente ações preventivas, educativas e de formação. Ao todo, existem 22 projetos execução pelo órgão, são eles: o Maria da Penha vai à Escola, Informe Ação Mulher, Quebrando Paradigmas – que acontece em parceria com as igrejas e instituições religiosas –, Depois do Não, Tudo é Assédio Sim – trabalhado dentro das empresas localizadas no município –, Quilombo, Engenho, Favela: o lugar da mulher negra na resistência, Projeto Sororis, Alçar Vôos – que busca promover a qualificação profissional e a independência financeira –, Elas Também Podem – o qual debate o ingresso da mulher em espaços de poder, tanto no setor público quanto no político e no privado.

Vale pontuar que todas essas atividades foram desenvolvidas visando romper com o ciclo da violência contra a mulher e proporcionar, às cabenses, melhorias na qualidade de vida, dignidade, independência financeira e emocional.

Por Tayná Benigno

Foto: Gilberto Crispim