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Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho registra nascimento de 116 tartarugas marinhas
access_time 28/03/2022


Na tarde deste sábado (26), nasceram 116 tartarugas marinhas da espécie Eretmochelys imbricata, conhecida popularmente como tartaruga-de-pente, na Praia do Paiva, no litoral do Cabo de Santo Agostinho. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), a espécie está criticamente ameaçada de extinção. Os ovos foram colocados no dia 30 de janeiro e tiveram um período de incubação de 56 dias.

O biólogo da Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, Felipe Brayner, responsável pelo monitoramento dos ninhos localizados no litoral cabense, explica que em períodos chuvosos, como os vivenciados recentemente, foi preciso realizar a raspagem da areia húmida e recolocar no lugar areia seca, desta forma, sendo possível preservar a temperatura necessária ao nascimento. Assim, evita-se a intervenção humana e se permite que o nascimento das tartarugas aconteça no período previsto. “Durante o processo de incubação, faço três aberturas no ninho para acompanhar a evolução dos ovos, a temperatura e também isolar a área com a tela rede, que protege os ovos dos predadores comuns. Estamos em um período chuvoso bastante atípico, ou seja, fora de tempo, e isto termina retardando o nascimento, visto que todo ovo necessita de uma temperatura específica para poder eclodir. Para garantir que o nascimento das tartarugas ocorra dentro do período previsto, que é de 45 a 60 dias após a desova, realizo a raspagem do ninho, ou seja, retiro cuidadosamente a areia molhada, sem mexer na estrutura do ninho, e coloco areia fina e seca. Desta forma, conseguimos garantir a temperatura necessária para a eclosão dos ovos de maneira natural e dentro do período previsto. ”

Em um evento raro, todos os ovos eclodiram. Vale ressaltar que o abrigo, cujo estava sendo monitorado pela Prefeitura, não era um ninho in situ, ou seja, ele não estava no local original de postura da tartaruga. Foi cuidadosamente realocado para um lugar mais seguro, o que por sua vez permitiu alcançar, na taxa de natalidade, um percentual de 100%.

Por Tayná Benigno

Foto: João Barbosa








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