Cabo realiza capacitação de policiais civis e militares para melhorar o atendimento de mulheres vítimas de violência
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16/07/2021
Policiais civis e militares do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca participaram, na última sexta-feira (16), de uma capacitação promovida pela Secretaria Executiva da Mulher do Cabo de Santo Agostinho para atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Na capacitação, foram abordados conceitos de gênero, de violência doméstica e familiar contra a mulher e a atuação policial na descrição correta do boletim de ocorrência para mulheres vítimas de violência.
“É um momento importante de aproximação nessa rede de proteção e enfrentamento. Nosso objetivo é fazer com que as mulheres sejam atendidas com mais humanização, compreensão e rapidez. É um momento de construção e sensibilização para o fenômeno da violência”, festejou a secretária da pasta, Walkiria Alves.
Para o delegado Abraão França, a capacitação é muito importante para alinhar as informações e direcionar para um trabalho de excelência e unir toda rede de enfrentamento. “O evento de hoje foi um marco na segurança pública voltada para as mulheres do Cabo. A integração da Secretaria da Mulher com a Polícia Civil tem ficado mais afinada, e tenho certeza que, a partir de hoje, todo trabalho que estamos construindo, no acolhimento das mulheres, vai se tornar referência e trará paz às cabenses”, disse.
EXEMPLO POSITIVO
O Cabo de Santo Agostinho vem dando um exemplo positivo no enfrentamento à violência contra as mulheres. O município é um dos únicos do Estado a manter dois centros especializados de atendimento à mulher. De 185 municípios, há apenas 37 centros especializados. Dois estão no Cabo.
A cidade também mantém a Patrulha Maria da Penha e a sala especial de atendimento à mulher na Delegacia Regional, voltada ao acolhimento das mulheres vítimas de violência, inclusive durante os finais de semana. A Delegacia da Mulher funciona apenas de segunda a sexta.
O Cabo de Santo Agostinho também mantém atendimento itinerante nos engenhos do município, regiões mais distantes da zona rural. Nestes atendimentos, assim como acontecem nos centros, a mulher é recebida por uma equipe composta por advogada, psicóloga e assistente social que dão orientação jurídica, medidas protetivas e encaminhamento ao conselho tutelar, além de registro de boletim de ocorrência.
Por Camilla Moura
Foto: Mariangela Viana