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Cabo sai do ranking das 10 cidades mais violentas do país
access_time 02/08/2024


“As estatísticas mostram o que vem acontecendo ao longo dos últimos quatro anos. O Cabo de Santo Agostinho tem apresentado queda nos crimes violentos letais (CVLI). Por mais que queiram negar os fatos ou a sensação seja de que as ocorrências na cidade são crescentes”, disse o prefeito Keko do Armazém ao comentar os resultados apresentados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024.

O município que ocupava a 5ª colocação no levantamento em 2023, este ano não está no ranking das 10 cidades mais violentas do país. Dado esse a ser comemorado e que reforça as estatísticas apresentadas pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco sobre Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), onde aponta que o município vem decrescendo em número de homicídios. De 2020 a 2023 a queda foi de 25,7%.

"É importante lembrar que em 2020, o Cabo de Santo Agostinho ocupou o segundo lugar no ranking das cidades brasileiras com maior incidência de homicídios", afirmou o prefeito Keko do Armazém. "Os dados relativos ao CVLI indicam que a cooperação entre as forças de segurança estadual e o efetivo municipal têm alcançado progressos notáveis desde então", acrescentou. Segundo dados da série histórica do CVLI, o Cabo teve o seu pior período em número de homicídios no ano de 2017, onde também figurou no topo da lista de cidades mais violentas.

De acordo com o prefeito, a segurança pública é o maior desafio de todo governante e a criminalidade, com enfoque nas mortes violentas, está associada a questões sociais e ao avanço do tráfico de drogas em todo o País. Nesse sentido, o município atribui a redução nos índices ao substancial investimento em tecnologia, no aumento do efetivo da guarda municipal e aprimoramento da capacitação. Aquisição de equipamentos, viaturas e a substituição do armamento por um de maior poder ofensivo.

Afora os investimentos em pessoal, inteligência e tecnologia (sistema que permite mapear áreas com maior incidência de crimes), a Secretaria de Defesa Social do Cabo de Santo Agostinho tem realizado operações conjuntas com órgãos de segurança estadual.

Em abril deste ano, a SDS Cabo desenvolveu o programa Segurança Integrada Municipal (SIM), que obteve a participação de todos os órgãos de segurança estadual.
Como resultado, a operação realizou diligências, oito mandados de prisão, apreensões, inquéritos, autuação por tráfico de drogas, ações preventivas como o patrulhamento escolar com palestras para a comunidade estudantil.

“Nem sempre as ações são percebidas pela sociedade porque ocorrem de maneira sigilosa. Mas o que podemos assegurar é que esses esforços têm contribuído para a redução das estatísticas. No entanto, o nosso maior foco, no momento, tem sido a prevenção”, disse o secretário de Defesa Social do Cabo, Pablo Carvalho.

O secretário se refere a Patrulha Escolar, que ganhou uma nova roupagem e tem como foco um futuro diferente para jovens do município. O patrulhamento nas escolas junto com canil foi associado a ações educativas com a promoção de palestras, atividades lúdicas, como gincanas e programação de férias com visita a Arena Pernambuco. “Esta é política de segurança que queremos plantar agora para colher no futuro. Precisamos nos aproximar desse grupo e estabelecer uma relação de confiança e parceria e não mais sermos vistos como repressores”, disse Pablo.

Outras ações também têm contribuído para que determinadas localidades no município mudem o cenário, a exemplo das escolas integrais, que garantem a permanência de crianças e jovens em ambiente seguro enquanto os pais trabalham. O Cabo tem hoje 15 escolas integrais.

A melhoria da iluminação pública é outro ponto destacado pela gestão. A cidade está 100% iluminada por lâmpada de Led, o que eleva a segurança em locais antes tido como de alto risco para práticas criminosas.

“O trabalho vem sendo feito. Mas o que queremos construir é o futuro em que o Cabo de Santo Agostinho tenha, de fato, seu nome escrito em outras páginas que não a da violência”, disparou Keko do Armazém.

Por Ana Cristina Lima

Foto: Léo Domingos








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